Padronização de Vitória da Conquista favorece identificação das empresas

Não gosto de padronizações de pintura. Entendo que a identificação rápida das empresas faz parte da qualidade do serviço de transporte e colocar várias empresas com uma só pintura dificulta muito. Mesmo a colocação de nomes de maneira bem discreta não ajuda, pois há o aumento do tempo na identificação das empresas, comparado ao sistema de pinturas diversificadas.

Mas como Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro e o principal difusor da ideia criada por Jaime Lerner de colocar uniformes em ônibus apenas para mostrar as populações que são as prefeituras que oferecem o serviço de ônibus inspirou muitas cidades a fazerem o mesmo, prejudicando quem usava as cores dos ônibus para identificar com rapidez o ônibus desejado, o estrago não para de multiplicar, apesar do cancelamento de Aracajú de sua tradicional padronização.

Salvador já garantiu em edital que irá aderir ao modismo. E infelizmente a pintura será por consórcios (serão três: Orla, Miolo e Periferia) e como as empresas são espalhadas, vai ser uma confusão geral, com empresas em mais de um consórcio (o que é ilegal, apesar de ser feito pela prefeitura de Eduardo Paes). A população vai sofrer para pegar os ônibus, ainda mais em uma capital onde o analfabetismo é alto.

Mas a cidade baiana de Vitória da Conquista, decidiu seguir o exemplo de São José do Rio Preto (o de Aracajú também era assim) e variar a cor de acordo coma empresa. Apesar das pinturas serem parecidas, as cores de uma empresa (a recém instalada Cidade Verde, com sede no Paraná) diferem bastante de outra (Vitória, tradicional na cidade). Isso favorece a identificação, apesar de eliminar a identidade visual (as empresas usam logomarcas criadas pela prefeitura).

Feira de Santana, outra cidade baiana já usa a pintura padronizada há tempos, usando o serviço como critério. Como são apenas duas empresas, o dano, mesmo existente, é menor. Mas resta torcer para que este modismo de uniformizar os ônibus se encerre com o fim da copa (razão de ser disso tudo). A população não aguenta mais ter que recorrer a despachantes para pegar o transporte desejado.