Não é comum consórcios se transformarem em empresas. O normal é que consórcios sejam formados por empresas isoladas que cooperam juntas em uma atividade, similarmente o que acontece com as joint-ventures. Mas Salvador optou por transformar os consórcios em empresas, já que boa parte delas pertenciam a mesmos donos.
Erramos ao dizer aqui no site que o caso de Salvador era inédito. Tínhamos esquecido que outra cidade, de outro estado, havia lançado mão de transformar consórcio em empresa: Macaé, no Rio de Janeiro.
A Macaé SIT, Sistema Integrado de Transporte, ou simplesmente SIT Macaé, como é conhecida, é um consórcio que se transformou em uma empresa com a fusão das empresas Macaense (do grupo 1001/JCA) e Líder (do grupo Guanabara/Jacob Barata). As duas proprietárias acabaram administrando juntas a nova empresa, que se tornou a única a operar na cidade.
A principal vantagem em transformar consórcio em empresa se observa nas partes administrativa e operacional, tornando o sistema mais organizado do que se fossem apenas consórcios. Fica mais fácil para as autoridades entrarem em contato com as empresas, ao mesmo tempo que não fica rompida a relação direta empresa-passageiro, que conhecendo a empresa-consórcio, pode entrar em contato com ela para resolver problemas com maior rapidez.
Na maioria dos sistemas, os passageiros tem que recorrer a prefeituras para resolver problemas de transporte, o que pode gerar problemas de tempo e depender da boa vontade das prefeituras, já que a resolução de alguns problemas pode não ser de interesse das gestões.
Em Salvador, onde existiam muitas empresas para poucos donos, houve a iniciativa de fusão. Como em Macaé, a transformação de consórcios em empresas tem dado certo, provando que a medida traz organização e principalmente, transparência na operação dos sistemas de transportes. Transparência que não é vista sequer no "melhor sistema do país", que é o sistema de Curitiba.
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