ESPREMENDO A LARANJA: Somente agora está havendo uma preocupação com os problemas de trânsito. Isso não vai ser resolvido com a cara, mas simples construção de vias exclusivas para ônibus e sim com uma ampla e insistente campanha educativa que estimule a retirada de carros nas ruas. Ou , como o textos dia, de medidas duras como a cobrança de impostos caros que obriguem os cidadãos a largarem os seus carros, utilizando apenas quando necessário.
Só para acrescentar ao que foi citado no texto, a minha opinião é a que esse pedágio só seja cobrado no horário de funcionamento das repartições, nos dias da semana, quando o trânsito é bem pior.
Alguma coisa tem que ser feita, pois somente a retirada de automóveis pode melhorar a mobilidade nas grandes cidades. Mantendo o excesso de automóveis, não há BRT, VLT e outra sigla que dê jeito.
O problema da mobilidade urbana não será resolvido com ônibus
Por Busologia Desgovernada - Blogue Busologia Desgovernada - 06/01/2013, 16:59
Muito tem se discutido sobre projetos de mobilidade urbana. Mas todas as soluções para a eliminação de seus problemas estão apenas focados em apenas uma medida: vias exclusivas de ônibus. Lançaram uma fórmula mágica e fácil de ser adotada, mas nem sempre garantida, pois não respeita a diversidade de características dos municípios e nem a variedade de problemas na mobilidade de cada um.
É um típico trabalho de preguiçoso: ao invés de estudar soluções personalizadas, pega uma fórmula pronta e aplica aleatoriamente. Se não bastasse a pintura padronizada dos ônibus, querem padronizar também as soluções para a mobilidade urbana.
Para mim, a única e realmente eficaz solução para melhorar o trânsito nas cidades é estimular (ou obrigar) as pessoas a largarem seus automóveis, usando-os apenas quando realmente necessário. E isso não é estimulado através da melhoria dos ônibus. Por um motivo cultural arraigado na sociedade.
Automóvel traz status social. É quase uma extensão do corpo humano, para a maioria das pessoas. Símbolo de liberdade e instrumento de prestígio social, o automóvel virou o símbolo máximo do direito de ir e vir garantido por lei. Claro que por causa desse direito, nenhuma medida compulsória tenha que ser tomada (embora até deveria, pois o excesso de automóveis dificulta esse mesmo direito) para obrigar todos a lergar os automóveis. Mas alguma coisa precisa ser feita.
Uma medida excelente é cobrar pedágio nos acessoa aos centros das cidades. Um pedágio caro, que pese no bolso e mexa com o orçamento mensal do cidadão. Tem que ser bem mais caro que uma passagem de ônibus (no mínimo sete vezes o valor das linhas convencionais). Todos os acessos para o centro deveriam ter guaritas instaladas para obrigar o pagamento. Só entra no centro quem paga. Não pagou, volte para onde veio. Simples.
Gostaria de saber se alguém estaria disposto a gastar, por exemplo, quase R$ 20,00 por dia (valor baseado no transporte de Niterói, cobrado apenas na entrada para o centro), todos os dias úteis, para ir trabalhar. Por mês, considerando apenas dias úteis, teríamos cerca de R$ 440 mensais só de pedágio, descontando os valores de estacionamento, manutenção e impostos que quem tem carro é obrigado a pagar.
Para quem estivesse indisposto a pagar esse valor mensal (ou mais, dependendo do que as prefeituras decidirem sobre o valor dos pedágios), o jeito seria pegar o transporte público, já que seria bem mais barato. É uma medida boa essa cobrança de pedágio e já é aplicada em países mais desenvolvidos.
Construir vias de ônibus e equipar veículos com piso baixo, ar condicionado e o escambau, não ira de jeito nenhum estimular as pessoas a largarem os automóveis. Ônibus em configuração avançada só agradam quem já andava de ônibus. O status que o automóvel dá é algo bem arraigado na cidade e que não dá sinais que desaparecerá tão cedo.
Medidas duras é que podem ajudar a melhorar os trânsitos das cidades. Se nada for feito e limitarmos a esse modismo de ônibus bonito com farda, vamos ter carros parados em todas as ruas, como se fossem prédios construídos no asfalto. De automóveis, passarão a auto-imóveis.
É um típico trabalho de preguiçoso: ao invés de estudar soluções personalizadas, pega uma fórmula pronta e aplica aleatoriamente. Se não bastasse a pintura padronizada dos ônibus, querem padronizar também as soluções para a mobilidade urbana.
Para mim, a única e realmente eficaz solução para melhorar o trânsito nas cidades é estimular (ou obrigar) as pessoas a largarem seus automóveis, usando-os apenas quando realmente necessário. E isso não é estimulado através da melhoria dos ônibus. Por um motivo cultural arraigado na sociedade.
Automóvel traz status social. É quase uma extensão do corpo humano, para a maioria das pessoas. Símbolo de liberdade e instrumento de prestígio social, o automóvel virou o símbolo máximo do direito de ir e vir garantido por lei. Claro que por causa desse direito, nenhuma medida compulsória tenha que ser tomada (embora até deveria, pois o excesso de automóveis dificulta esse mesmo direito) para obrigar todos a lergar os automóveis. Mas alguma coisa precisa ser feita.
Uma medida excelente é cobrar pedágio nos acessoa aos centros das cidades. Um pedágio caro, que pese no bolso e mexa com o orçamento mensal do cidadão. Tem que ser bem mais caro que uma passagem de ônibus (no mínimo sete vezes o valor das linhas convencionais). Todos os acessos para o centro deveriam ter guaritas instaladas para obrigar o pagamento. Só entra no centro quem paga. Não pagou, volte para onde veio. Simples.
Gostaria de saber se alguém estaria disposto a gastar, por exemplo, quase R$ 20,00 por dia (valor baseado no transporte de Niterói, cobrado apenas na entrada para o centro), todos os dias úteis, para ir trabalhar. Por mês, considerando apenas dias úteis, teríamos cerca de R$ 440 mensais só de pedágio, descontando os valores de estacionamento, manutenção e impostos que quem tem carro é obrigado a pagar.
Para quem estivesse indisposto a pagar esse valor mensal (ou mais, dependendo do que as prefeituras decidirem sobre o valor dos pedágios), o jeito seria pegar o transporte público, já que seria bem mais barato. É uma medida boa essa cobrança de pedágio e já é aplicada em países mais desenvolvidos.
Construir vias de ônibus e equipar veículos com piso baixo, ar condicionado e o escambau, não ira de jeito nenhum estimular as pessoas a largarem os automóveis. Ônibus em configuração avançada só agradam quem já andava de ônibus. O status que o automóvel dá é algo bem arraigado na cidade e que não dá sinais que desaparecerá tão cedo.
Medidas duras é que podem ajudar a melhorar os trânsitos das cidades. Se nada for feito e limitarmos a esse modismo de ônibus bonito com farda, vamos ter carros parados em todas as ruas, como se fossem prédios construídos no asfalto. De automóveis, passarão a auto-imóveis.
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