Escolhidas as empresas que irão operar em Feira de Santana!

Essa decisão foi tomada há um tempinho, mas só agora encontramos a oportunidade para mencioná-la. Saiu há alguns meses a decisão sobre a licitação de transportes de Feira de Santana e as empresas escolhidas foram....

Rosa Turismo - Eu conheço esta empresa. Com sede em Tatuí, estado de São Paulo, a Rosa atua fazendo fretamento aqui em Niterói. Ela também opera linhas urbanas regulares no interior paulista. O serviço dela no setor é excelente e há renovação constante de sua frota. Gosta de variar as marcas de chassis e possui muitos Volvos em sua frota. Eu mesmo tive a oportunidade de fazer muitas fotos dessa empresa, mas coloco aqui a que achei melhor. 

São João Votorantim - Não sei muito sobre esta empresa. Nunca vi pessoalmente. O site oficial dela está fora do ar. Mas entusiastas que conhecem a empresa dizem que ela também é excelente. Faz linhas regulares nos municípios paulistas de Votorantim e de Sorocaba, fazendo também linhas municipais nesta última. Faz também linhas intermunicipais com carros rodoviários. Possui boa frota e bastante moderna. Também varia seus chassis, dando espaço a modelos da marca Scania em sua frota.

Não se sabe ainda quando elas irão rodar. O que se sabe é que elas também operarão o sistema de BRT na cidade (que tem estrutura pronta para este tipo de transporte, caso raro no país) e que a pintura, a ser escolhida através de um concurso, com participação de entusiastas, seguirá critério de tipo de serviço, como acontece em Curitiba. 

As atuais operadoras não permanecerão no sistema. Aguardaremos mais novidades a respeito do novo sistema de Feira de Santana.

Vitral é oficialmente extinta. Não continuará nem como empresa acionista

Anunciada oficialmente ontem a extinção da empresa Vitral. A empresa, que através de muitos boatos e especulações, havia sido mencionada na lista de supostas contempladas pela licitação com outro nome, Unibus, não foi escolhida para participar do sistema Integra que opera hoje em Salvador, por três operadoras controladas por várias empresas acionistas. 

Ou seja, nem mesmo como acionista da operadora Ótima/OT Trans, área de boa parte das linhas da empresa (que tem filiais em Aracaju e Fortaleza) a Vitral permaneceu, cedendo funcionários, garagens e veículos para as outras acionistas da operadora.

Fica a lembrança de sua lindíssima pintura de bom gosto, que iria desaparecer de qualquer maneira, e o agradecimento a mesma pelo ótimo serviço que prestava (era uma das melhores de Salvador). E mais responsabilidade para as outras empresas acionistas da Ótima/OT Trans para honrarem a qualidade de serviço nas linhas assumidas.

Sul baiano investe em ônibus com ar condicionado. Outras cidades interioranas investem em frotas mais confortáveis. Já a capital, Salvador, nem tchuns!

A Bahia é um estado estranho. Onde as autoridades da capital conseguem ser menos avançadas que algumas cidades do interior. O sul baiano investe cada vez mais em conforto nos ônibus e adquire veículos urbanos refrigerados. 

Feira de Santana, cujo setor de trasporte conta com a consultoria de um busólogo e usuário (o que possibilita melhorias com base na realdade cotidiana, do contrário da maioria das localidades, como o Rio de Janeiro e seu desastroso projeto de mobilidade), apesar de ainda não ter veículos urbanos com ar, tem uma infraestrutura de terminais, vias e ruas que permite modalidades mais avançadas de transporte e prepara uma nova licitação que poderá trazer algumas novidades para a cidade. 

Vitória da Conquista também não tem urbanos refrigerados, mas a qualidade de seus ônibus ainda supera muito o da capital. Até mesmo a longínqua Barreiras acaba de renovar a sua frota com ônibus novos e modernos e incluiu veículos com ar em uma de suas linhas urbanas. O norte baiano também conta com frota mais moderna que a capital.

Afinal, porque o interior baiano consegue ser mais evoluído em matéria de transporte que a capital? A lógica diria que a capita deveria ser bem mais moderna que o interior. A pergunta feita, infelizmente fica sem resposta, até que as autoridades da capital percebam a necessidade de adequar o transporte soteropolitano a realidade cotidiana, com ônibus mais confortáveis. Coisa que as autoridades de algumas cidades interioranas da Bahia já estão percebendo.