Salvador já acelera bem o ritmo de renovações de frota

Nos últimos três anos, a capital baiana, que ficou um ano inteiro (1993, há exatos 20 anos) sem renovar frota, hoje já tem uma frota moderna em bem conservada, além de 100% adaptada para cadeirantes. 

As empresas que antes renovavam duas vezes por ano com média de 15 carros por remessa, já fazem renovações bem maiores. Já tem empresas que fazem duas remessas de 40 carros por ano, acelerando drasticamente a renovação. Além disso, boa parte das empresas aprendeu a conservar frota e existem as que tem frota integralmente conservada como a Rio Vermelho e a Joevanza.

Interessante que isso acontece ao mesmo tempo que as frotas de Niterói e Rio de Janeiro já começam a se deteriorar, com acidentes e "quebras" cada vez mais frequentes e sinais evidentes de má conservação. A uniformização visual das frotas dessas cidades fluminenses fez com que as empresas, sem imagem a zelar e se sentindo vítimas de uma encampação enrustida, relaxassem nos gastos com manutenção. O que felizmente não acontece na capital baiana, apesar de uma padronização visual relativa (70% das empresas de ônibus de Salvador), repudiada por busólogos e usuários soteropolitanos.

Há muito o que fazer para melhorar a frota soteropolitana. Colocar urbanos refrigerados é uma delas. Mas é explícita a melhoria no estado de conservação e na renovação da frota da capital baiana, em que a maioria esmagadora da população depende dos serviços de ônibus para poder exercer seu direito de ir e vir, garantido por lei.