Eduardo Paes, prefeito do Rio, tomou a iniciativa, os prefeitos adoraram a ideia e a mania pegou feito pereba. Agora, ônibus municipal não tem mais pintura própria, sendo obrigado a usar uniforme imposto por prefeituras.
É uma encampação meio estranha, já que tem todas as características de uma encampação, com a diferença que as empresas continuam sendo controladas pelos seus donos, que tem que pagar com o próprio bolso o sistema que agora é administrado pelas secretarias de transporte. Agora que não tem jeito, aceite-se. O tempo mostrará as desvantagens dessa mania.
Mas pelo menos em Salvador, a padronização promete não ser muito nociva, já que os consórcios foram divididos pelo critério de grupos empresariais, o que é menos mal. Todos sabem que passageiros pegam ônibus pela empresa e isso pelo menos não será alterado bruscamente. Apesar do destaque dado a inútil informação do nome do serviço "Integra", o que pode fazer com que a grande maioria dos passageiros apelidem de "Viação Integra", dado o insistente cacoete de secretarias de transporte de omitir ou subestimar o nome das empresas em seus sistemas.
Outra vantagem é que a nova padronização vai eliminar outra padronização (não governamental, decidida por empresas), onde cerca de 65% delas não pintava os ônibus, se limitando a colocar uma logomarca na pintura totalmente esbranquiçada. A cidade mais colorida do país vai colocar cores em seus ônibus.
A divulgação da nova pintura se deu através de um anúncio da Comil, que fornecerá muitos carros para o consórcio Plataforma, pertencente ao grupo Gevan (Joevanza). Aliás, a Mercedes-Benz e a Volkswagen anunciaram o fornecimento de muitos chassis para a capital baiana, sinal de grande renovação de frota.
As cores dos consórcios ficaram assim:
- Plataforma (Cidade Baixa: Grupo Gevan) - Amarela
- Ótima (Cidade alta, menos Orla e Paralela: Grupo Misto) - Verde
- Salvador Norte (Orla, Paralela e Aeroporto: Grupo Vibemsa) - Azul
Não fomos informados quando começarão a adotar esta pintura. Esperamos que signifique alguma melhora, pois em muitas cidade que adotaram a pintura padronizada, os sistemas tiveram uma nítida piora na qualidade do serviço e na manutenção das frotas. Bem ao estilo das encampações e de empresas públicas do passado.